segunda-feira, abril 28, 2014

A hora do cachorro louco - Ricardo Azevedo

Como se não bastassem os graves problemas sociais de São Paulo, uma fera misteriosa deu para atacar as pessoas que caminham pelo bairro onde vivem Marcelo e sua família. O que é que está acontecendo? O menino sente que precisa fazer alguma coisa e embarca em uma aventura pela noite da cidade, que testará sua coragem e ficará para sempre na sua memória.

quinta-feira, abril 24, 2014

Trem de ferro - Manuel Bandeira

Trem de Ferro

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isso maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
(café com pão é muito bom)

Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(trem de ferro, trem de ferro)

(Manuel Bandeira)

quarta-feira, abril 23, 2014

terça-feira, abril 22, 2014

quinta-feira, abril 17, 2014

quarta-feira, abril 16, 2014

sexta-feira, abril 11, 2014

O Pássaro Cativo - Olavo Bilac






O Pássaro Cativo
Armas, num galho de árvore, o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
             A gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
             O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
             Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
             “Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
             Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
             Tenho frutos e flores,
             Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi ...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas ...
             Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
             Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade ...
             Quero voar! voar! ... “
Estas cousas o pássaro diria,
             Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
             Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
             A porta da prisão...
                                                         Olavo Bilac

sexta-feira, abril 04, 2014

A lua foi ao cinema - Paulo Leminski

A LUA FOI AO CINEMA 

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!

Paulo Leminski 

quinta-feira, abril 03, 2014

Varal de Poemas


 Sacolinhas com livros para alunos e pais



terça-feira, abril 01, 2014

A Loira do Banheiro - Heloisa Prieto

São 19 histórias divididas em cinco blocos; 'Será que é lenda' traz histórias do folclore urbano, entre elas as assustadoras A Loira do Banheiro e Vovó Maria; 'Memória do mundo' apresenta mitos de vários lugares (como O dia em que vi Pégaso nascer, da cultura grega; A longa vida de Merlim, mito inglês dos tempos do Rei Arthur; e A dança da vida, em que uma escrava brasileira do século XIX fala de seu relacionamento com o filho da patroa branca). Outros blocos são 'Histórias de amor' (a descoberta do amor entre casais de hoje e de outros tempos), 'Aventuras contadas por meu pai' (em que a autora conta episódios da infância de seu pai, nos anos de 1940) e 'Medos inquietantes' (histórias delicadas e instigantes que falam de morte, perda, violência, medos imaginários e reais).